Antes de pintar a sua marca de rosa, se toque!
- Renata Tuccimei

- 26 de set.
- 3 min de leitura
Outubro Rosa: tradição ou maquiagem corporativa?
Em poucas semanas veremos os feeds das redes sociais e corredores de muitas marcas tomados pela energia cor-de-rosa que o mês de outubro traz com as campanhas de combate ao câncer de mama. Isso já virou tradição, mas também criou um clima de vitrine de fachada. Campanhas bonitas, logos no tema, posts emocionais.
E no mês seguinte tudo volta ao normal, ou melhor, muda-se tudo para o Novembro Azul.
O problema é que o público percebe quando a causa é maquiagem de marketing. Esse é o risco do chamado pinkwashing: ações que falam muito e fazem pouco pela mulher em espaços empresariais.

Por que a indústria precisa repensar o Outubro Rosa
No setor da industrial — e estamos falando de parceiros, fornecedores e coligações como um todo — este é o momento em que branding e reputação corporativa estão no centro das decisões de negócio, por que além de diferenciação, o consumo mudou e as necessidades de adequação ao ESG são parte de critérios regulatórios que apoiam ou retardam o crescimento dos das empresas efetivamente.
Então aqui vai o alerta: cada passo importa. E, nesse jogo, não faz gol quem não sabe andar de salto. Empresas que tratam o Outubro Rosa apenas como uma ação de calendário caem na armadilha do oportunismo. Já as que integram a causa ao DNA da marca e ao seu posicionamento, conquistam respeito e fortalecem sua reputação a longo prazo, garantindo conversas mais profundas e próximas com seus públicos direta e indiretamente.
Marcas que mostram o caminho
Algumas empresas provaram que é possível ir além do “marketing cor-de-rosa”, mesmo sem ter produtos voltados diretamente para mulheres. Veja casos inspiradores:

Ford (Setor Automotivo)
Usou a metáfora da revisão de carros para lembrar da importância do check-up preventivo na saúde da mulher. Uma conexão criativa com seu próprio universo de manutenção e engenharia mostrando autenticidade, mantendo coerência e sem perder seu poder de pregnância.

Petrobras (Energia e Indústria Pesada)
Promoveu campanhas internas de prevenção com colaboradores, oferecendo exames em parceria com hospitais. Um exemplo de ação que nasce de dentro para fora e reverbera na reputação, atraindo melhores talentos, ganhando força de marca que aumenta seu poder de influência no mercado.

Azul (Transporte e Logística)
Envelopou aeronaves em rosa e doou parte da receita a instituições de apoio ao câncer de mama, mostrando que até marcas globais de aviação podem usar sua escala a serviço da causa, mobilizando pessoas.

Granado (Cosméticos e Higiene)
Criou o Circuito Pink, corridas de rua que unem saúde, movimento e conscientização, reforçando a conexão com seu público e ampliando a relevância da marca além de outubro. A conexão mantém o público engajado o ano todo com a marca, aumentando a frequência de compra, ticket médio e LTV.
Esses casos deixam claro que pintar a marca de rosa é uma ação conjunta entre coerência, continuidade e transparência para que a causa fortaleça a marca.
O que realmente fortalece a marca
Seja na indústria química, metalúrgica, tecnológica, seja para serviços contábeis ou de desenvolvimento humano, o que distingue empresas respeitadas das oportunistas é a capacidade de alinhar a causa ao DNA institucional. Isso exige:
Autenticidade: a ação precisa conversar com o posicionamento da empresa.
Continuidade: é preciso um calendário estruturado para a causa.
Mensurabilidade: impacto claro, transparente e comunicável.
Cultura interna: colaboradores e processos integrados ao propósito.
Provocação para líderes
Antes de pensar na cor do logotipo em outubro, responda:
Sua marca tem uma política clara de impacto social ligada à saúde e bem-estar?
Há um plano de ações contínuas ao longo do ano, ou tudo depende de uma campanha pontual?
Sua equipe entende como essa causa se conecta ao negócio?
Se a resposta for “NÃO”, ainda há tempo de mudar. Setembro é o mês para desenhar uma estratégia que faça sentido para sua empresa e que evite que sua ação seja percebida como mais uma fachada em outubro.
Quando o rosa vira impacto real
Quando o rosa dominar o mercado, sua marca pode ser só mais uma na multidão — ou pode ser lembrada como aquela que transformou causa em impacto real.
A diferença está no branding: marcas que constroem autenticidade, continuidade e mensuram seus resultados são as que permanecem na memória e no mercado. Aquelas apaixonantes!
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